sábado, 10 de maio de 2008

A VIDA E SEU SENTIDO!



Não vou me prender em teorias que expliquem a vida, seu surgimento e qual a mais coerente, a mais lógica, a mais cientifica, a que me deixa mais próximo de uma resposta... Não! O que quero discutir é o sentido que a vida tem e não a explicação física de sua existência... Ela existe. É fato e contra fatos, dizem os mais sábios, não há argumentos... Eu também não os tenho e nem me proponho a tal façanha, a de desmentir a existência da vida...

Bem nesses termos pretendo dar sentido a minha existência, fazer com que ela valha alguma coisa e que cumpra seu objetivo. Tudo Bem... Mas qual a origem da minha vida? Bem, eu nasci como todos nós, portanto tenho a mesma origem de toda humanidade, então a minha vida em si, não tem nada de especial, ela é comum a todos da minha espécie e a outros que não são, como plantas e animais de diversas espécies... Se me separar desses a minha vida não tem sentido, pois a nada sirvo se não me atenho à origem da minha existência, pois só existo por que vivo e, nesse caso a vida é que me dá origem. Independente de sua origem, a vida parece servir a nada...

Mesmo quando nos atemos a teorias metafísicas nos deparamos com a falta de sentido para a vida. Pois mesmo nos iludindo que somos o projeto de uma inteligência superior, ficam muitas lacunas abertas: se somos um projeto de uma inteligência suprema, porque somos tão imperfeitos, defeituosos, mesmo na mais tenra idade, quando nada sabemos?

Se existe um mundo além da nossa percepção e estamos aqui para aprender a viver neste mundo além percepção humana, deveríamos ter alguma consciência deste outro “mundo”, uma lembrança, uma certeza consistente, porque, se fazemos ou iremos fazer parte de um mundo completamente diferente deste, o que aprendemos aqui, se nada do que aqui existe faria sentido lá? Eu poderia aqui desdobrar milhões e milhões de questionamentos sobre isso, mas adiantaria?... Aonde chegaria, se não aonde que já cheguei e aonde tantos outros antes de mim chegaram?

Tenho poucas alternativas para satisfazer minha sede de sentido para minha vida: a primeira é esta de acreditar cegamente, sem questionamentos, que sou um projeto divino e que este meu viver, essa tola existência é um curso para a eternidade... Tenho ainda, a possibilidade de acreditar que sou parte de um “todo”, uma energia universal, como aponta o pensamento oriental... Existem várias interpretações diferentes para o sentido da nossa vida, da nossa existência, mas sempre desemboca numa solução improvável...

Nenhuma destas opções satisfaz minha mente, a lógica me cobra mais, meu cérebro necessita de alguma coisa mais sólida, mais consistente, enfim algo que faça sentido o sentido da minha existência...

Volto a questão que me intrigou: “Independente de sua origem, a vida parece servir a nada...” Pensando nisso desaguei na única resposta que me satisfez quase sem contradições: a vida é um erro! Um erro ao acaso, pois toda a vida diante do inanimado é vil, insignificante, distoante, agressiva... Ela se alimenta da destruição, pois só a destruição mantém a vida... Sem destruição do inanimado não há vida, precisamos modificar todo o meio inanimado para poder viver...

Se observarmos com atenção, a vida é uma aberração gritante, todo inanimado existe eternamente, apenas a vida desaparece por completo, mesmo os vegetais que tem uma vida bem longa, não resistem a natureza inanimada, que sempre luta para erradicar esse erro, esse incomodo erro que desestabiliza o funcionamento das forças naturais inanimadas... Toda matéria orgânica é invasiva e inútil, um simples amontoado de substâncias inanimadas que, por uma acaso se juntaram dando origem a esta, que eu considero como um erro.

Sei que muitos dirão que isto é absurdo, mas só é absurdo se pensarmos como eternos... Seres detentores de uma alma imortal, ou parte de uma energia fundamental que é a origem de tudo.... Essa última me parece ainda mais absurda, como uma energia que não pensa, não tem objetivo nenhum, apenas existe e em tudo está, como se uma explosão tivesse fragmentado em zilhões de pedacinhos e que ela agora esta se recompondo aos poucos, e um dia tudo voltará a ser um, “uno”...o que mesmo será esse “todo”?...qual o sentido disso?

Não me estenderei mais tentando justificar minha teoria, pois não preciso justificá-la, pois que ela por si só se justifica... Sim? Sou arrogante, pois que sou um erro e preciso ser arrogante, agressivo e ter uma vontade ferrenha, só assim sobreviverei aos ataques infindáveis do inanimado, além de ter que disputar com outras vidas esse espaço, pois sendo eu um erro, sempre precisarei lutar para existir, nada será me dado, muito pelo contrário, estarei sempre na corda bamba, a beira do abismo, agarrado com unhas e dentes a vida... ou a natureza corrigirá, não o erro, pelo menos uma insignificante conseqüência dele....a minha existência!!!


Um comentário:

Raphael Solttoski disse...
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