quarta-feira, 7 de outubro de 2009

LIBERDADE



Não vou falar sobre o que é a liberdade, se ela existe ou não! O que pretendo é analisar o que existe em função deste conceito! Qual a influência deste conceito na minha existência, seus benefícios e desvantagens! Afinal, ser livre é bom ou ruim?

Desde muito cedo, quando ainda nem sabia quem ou o que era eu, já me diziam que não podia fazer o que quisesse, pois eu não era livre, precisava obedecer a regras... Ainda bem jovem, quase criança ainda, me vi diante destas “regras”, as quais eu sempre obedecera sem questionar! Foi então que me vieram as questões: Quem me prende? Quem me obriga a não fazer ou deixar de fazer algo que eu deseje ou não fazer? Quem é o dono da minha vontade?

Questionando-me e buscando no conhecimento existente, respostas, acabei percebendo que a liberdade não pertence a ninguém, ela não é passível de dono, de comando, já que se fosse perderia o sentido que lhe é dado! Há quem diga que liberdade não existe, outros que é uma ilusão, um desejo, um estado de “espírito”...

Eu não questiono isso, existe o conceito em todo ser humano de que liberdade é o ato de fazer o que se quer, quando, como e onde quiser, sem satisfações, impedimentos ou imposições externas a nossa vontade. E, é baseado nesse conceito que falo aqui de liberdade.

Partindo disso, me perguntei o que a liberdade me faz? O que ela me traz? Como ela interfere na minha existência, no meu ser, no meu agir, no meu ver o mundo?

Foi então que a surpresa maior me veio, eu me descobri livre! Apesar de todas as regras e imposições, eu era livre! E a liberdade era o que me guiava pela vida, todos os meus atos, todas as ações, toda a minha relação com o mundo era um ato de liberdade! Era a certeza de que eu podia fazer, se quisesse, que definia a minha liberdade e não a regra, a lei, a imposição. Se meus atos eram restritos, era porque assim escolhi! Essa é a dádiva maravilhosa da liberdade em minha vida. Eu não queria ser livre para fazer tudo, eu podia fazer tudo...! Se não o fazia, era graças à liberdade que me dava a chance de escolher!

Assim vejo a liberdade e o que ela faz por mim!

Manoel N Silva

2 comentários:

idade_da_pedra disse...

:)
As tais das regras que nos ensinam de pequeninos fazem parte do programa civilização ocidental séc XX-XXI. A nossa mente constrói-se em cima disso.
Crescemos, chegamos à dolescência e pomos tudo em causa, mas o programa está lá na mesma. mesmo que achemos que fazemos o que nos apetece, isso não é verdade. Arranjamos um grupo de amigos e regemo-nos por regras na mesma: mesmo aí não somos livres de fazer o que nos apetece.
Talvez já no outono da vida, que é a fase em que me encontro, consigamos ser um bocadinho mais livres, porque pouco nos importa já o que os outros pensam. Mas é mesmo só um bocadinho, porque senão não sobrevivemos em sociedade.
Eu nem sei bem o que é liberdade, se queres que te diga. Não conheço ninguém livre, parece-me a mim.
Liberdade exigiria talvez um isolamento completo do resto da humanidade... Ora com uma mente programada desde o nascimento para a sociabilização, o eremitério é difícil de aguentar.
Tenho dito...mas pode estar tudo errado (se é que existe isso de certo e errado) porque eu não sei nada.

Manoel disse...

Idade da pedra.

Eu vejo liberdade como a possibilidade e não como a efetivação. Potencia e não ato.Ser livre não é fazer, é saber que pode fazer, mesmo que jamais faça, por escolha ou por condição.