Manoel N Silva.
sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
SEGUINDO A ILUSÃO....
Manoel N Silva.
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
AVESSO
“ Avesso”
Espelho da alma...
Reflexo?
Miragem?
O rosto e a espera...
Passeio?
Viagem?
Espelho e espera...
Reflexo?
Viagem?
O rosto da alma?
Passeio...
Miragem...
Reflexo da alma!
Miragem no espelho!
Espera... Passeio... Viagem!
Espelho...
Miragem da alma
Espera...
Passeio e viagem
Alma...
Espelho...
Miragem...
CRER
"Crer"
Ir além do ser
Absorver a essência do cosmo
Transcender o universo
Em um reverso do nascer.
Ver no que não é
A verdade que existe
E resiste no meu ver.
Subtrair do nada o tudo,
Multiplicar pelo que restou,
O vazio da solidão humana.
E, ainda assim,
Contra todas as leis,
Duvidar do obvio.
Na certeza do infinito
Parir um mito
Que me faça sentido
Viver e não ser.
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
DROGAS
Não faço uso de drogas...mas não considero o consumidor de drogas responsável pela violência, e nem, co-responsável, considero-o vítima...é incrível como a sociedade aceita e encara o uso de álcool e fumo, drogas muitas vezes mais nocivas que as ilegais. o que vejo é uma política de repressão ao uso e não ao tráfico, talvez seja esse o erro, ou ainda, uma política de combate aos efeitos e não as causas. Em toda história da humanidade sempre houve referencias ao uso de drogas e sempre ligadas a cura, esoterismo, religiosidade...é cultural o uso de drogas. a criminalização das drogas foram decorrentes de usos indevidos e sintetização dessas substâncias encontradas na natureza, portanto é natural o uso de drogas...até os anos 30 as drogas não tinham esse caráter criminoso, a partir da 2ª Guerra, houve um avanço tecnológico da medicina e o uso indiscriminado de drogas pelos governos criou o tráfico e a criminalização da droga. No vietnam a heroína foi usada largamente nos soldados americanos, abusaram também da morfina, gerando dependência e procura, isso levou ao comércio ilegal dessas substancias e o mercado consumidor criado na guerra expandiu-se após o fim, o crime organizado, no mundo todo sentiu a potencialidade deste investimento, ao verem o grau de dependência dos ex-soldados do vietnam, eles literalmente matavam para conseguir a droga. Os países latinos, principalmente a colômbia e a bolívia, que tinham abundantemente a matéria prima e a china com o ópio, viram nisso um meio de desenvolvimento econômico e fizeram vista grossa aos traficantes que se formaram nos Estados Unidos...portanto o problema do consumo de drogas é Economico, ou melhor economia de estado.
O viciado, como o próprio nome diz, obedece a uma ordem do vício e não da sua consciência, não podemos imputar culpa em quem, por falta de ação ou conivência com o tráfico de drogas(governo), é exposto a essa realidade cruel ainda na mais tenra idade...não me passa pela cabeça culpar um garoto de 10 anos e imputar a ele a culpa por financiar o tráfico...isso é um completo absurdo. O narcotráfico é uma organização criminosa com ramificações em todas as esferas do poder...é esse poder organizado que precisa ser extirpado e não, como nos quer mostrar o filme TROPA DE ELITE, o usuário final, que é tão vítima ou mais, que o cidadão de bem que elege o traficante seu amigo e o recebe na sua casa e goza dos seus favores...Essa sim, omissão criminosa e condenação dos seus próprios filhos a essa realidade...depois se pergunta como isso pode acontecer?
O mercado consumidor é o alvo e uma vítima de uma estratégia organizada de homens de "negócios", Governos, e de alguns dessas áreas de "humanas" que colocam a droga como fator socializante.... E defendem sua legalização. Não devemos nos preocupar com o consumidor, devemos e atacar a raiz desse comércio, seus idealizadores (negociantes de bem) e seus gerentes operacionais (os traficantes)...
UM FATO...
Aconteceu um fato
Próximo a minha casa
Envolto em fralda descartável
Um bebê foi despojado
Em um lixão abandonado.
Uma criança que brincava
Confundiu com uma pipa
O macabro fardo.
Não sei o que me ateve
Nem porque o escrevo
Talvez o medo, pavor, desespero...
ONÍRICO
Onírico
E o gosto que ficou
Foi de tristeza, dor...
Desagüei minhas magoas
E a água se turvou...
Na manhã de sol
Sequei o sal das desilusões
E a ilusão se foi...
Caminhei...
Corri...
Abri meus braços
E abracei o horizonte,
Bebi na fonte de águas límpidas
E minha sede continuou...
Cansado, sentei na grama do jardim
E afaguei a terra.
Ouvi o murmúrio do vento
E o tremor das flores...
Soltei a voz num grito louco
Meu corpo, o momento reteve
Meu olho o fotografou...
Dormi,
Sonhei...
MULTIPLO
a face que minha vaidade cala
me procuro...e só me acho
na fotografia da ante-sala...
a hora que passa
me repassa uma história
memória sem tempo,
aprisionada no meu orgulho...
Quem sou eu?
O senhor do espelho?
O menino no diploma?
Ou o prisioneiro da memória?...
domingo, 24 de fevereiro de 2008
A BUSCA DA FELICIDADE.
Ao longo da história, a humanidade segue caminhos, cada vez mais estreitos e tortuosos em busca da felicidade...esse desejo que habita o âmago do ser humano é a mola e o impulso que conduz a humanidade ao seu destino...essa busca infindável e improvável é a responsável, pela superação de obstáculos, limites e barreiras. Buscamos, ávidos e sedentos, este alimento e essa bebida inexistente.
Tudo que fazemos obedece exclusivamente a esse intento, ser feliz. Todas as religiões, seitas, filosofias, pensamentos, políticas são sempre motivadas para fazer a felicidade do ser humano. A ciência se debruça nas suas descobertas, sejam tecnológicas ou de qualquer natureza para que o homem possa atingir esse patamar superior da existência: A felicidade.
O homem inventou mitos e deuses, seres plenos de felicidade e realização de seus desejos, todos os feitos desses deuses e mitos direcionam-se ao mesmo ponto e objetivo: trazer ao homem a felicidade plena ou pelo menos parcial. Rezas, magias, drogas e medicamentos, conforto, facilidade, locomoção...todos os atos e artefatos que o homem produz tem somente este fim: ser feliz.
Quando o homem será feliz? alguém acredita na possibilidade de felicidade para o homem?
É a felicidade uma abstração ou pode ser real? Ela pode ser compartilhada entre todos ou é apenas uma conquista individual?
Afinal o que é que imaginamos ser a felicidade? É possível da uma forma verbalizada a esse desejo? Como seria a plenitude da felicidade alcançada pelo homem?
Essas perguntas sempre nos acompanharão..e nunca teremos as respostas para elas...