terça-feira, 30 de julho de 2019

UM JORNALISMO ENVERGONHADO


O que vemos hoje nos noticiários das principais emissoras de televisão são jornalistas constrangidos, sem graça, noticiando o que repudiam, enquanto jornalistas e seres humanos, em rede nacional. É um festival de caras amarradas, sorrisos artificiais. Impossível não deixarem escapar suas reais ( com exceção de alguns poucos) emoções. Os olhos que antes brilhavam ao noticiar impeachment de Dilma, ou delações premiadas que implicavam o PT, que mostravam uma felicidade incontida e descarada ao anunciarem indiciamentos e julgamentos de Lula e outros petistas, hoje quedam-se envergonhados, cabisbaixos ao serem obrigados a exaltar a mediocridade em pessoa. Ao se verem obrigados a amenizar absurdos e manipular dados econômicos para garantir um mínimo de lógica no caos econômico que esse ministro instalou. Figuras como William Bonner e Rachel Sherazade (essa parece que vai sair do sufoco), transparentes como cristal, são as que mais sofrem com essa situação. Coitados! não conseguem sequer fingir um sorriso... William só se alivia um pouco na hora de chamar a moça do tempo, abre um sorriso meio sem graça, mas sincero. E nos programas de auditório, nas entrevistas, Serginho, Silvio, Bial, Fátima Bernardes, Faustão, Luciano, não raro, se veem de calças curtas, sendo desmentidos e expostos por seus convidados.
É triste ver o todo poderoso jornalismo da Rede Globo, repercutindo noticias, catando migalhas jornalísticas, sendo obrigado a remendar suas colocações. Seus âncoras, sempre tão corretos e altivos, se retratando por erros crassos, infantis, que revelam a secundariedade das notícias e fontes.
Mas como diria minha avó, aqui se faz aqui se paga, A Globo, a mais prejudicada por sua própria campanha anti-petista, por seu apoio incondicional a escalada divisionária que culminou na eleição de Bolsonaro, pelo confronto e ódio que separa regiões e brasileiros, pela construção da narrativa que coloca a politica como um mal, criminalizando toda a classe política, denegrindo o serviço publico, marginalizando os movimentos sociais, as associações de classe e sindicatos, e fomentando o ideal neoliberal, hoje se vê excluída dos projetos políticos desse governo, jogada de lado, preterida em favor do SBT e Record. Vez ou outra ensaia uma debandada, rumo a uma independência editorial, mas, sempre volta agarrada ainda ao seu projeto de salvador, herói justiceiro que ela forjou e alimentou, vestiu e endeusou de honestidade e protagonismo judicial. Tenta, de todas as formas, salvar o super-herói de brinquedo da Lava-jato, para que venha a ser o próximo Presidente e assim, reconduzi-la ao topo do poder politico, que sempre ocupou nos últimos sessenta anos!

Manoel N Silva

domingo, 28 de julho de 2019

UM PAÍS IDIOTIZADO



Hoje vou me abster de julgar,
Vou apenas construir uma narrativa, restrita aos fatos, sem acrescentar juízos ou comentários, opiniões ou sequer insinuações.
Nosso dia-a-dia político descrito sem qualquer tendência, apenas relatado.
Me reservei o direito de enunciar, para que não haja dúvidas que nada a seguir fuja, um milímetro que seja, dos fatos e acontecimentoso amplamente divulgados e comprovados. Não se trata de uma crítica e sim de uma mera exposição da realidade política vigente em nosso país.

Começo contando do caso, em que o ministro nomeado para a pasta da educação, o primeiro, o estrangeiro, sequer sabia falar corretamente, o português. Não, não é brincadeira, ele até disse que brasileiro, no exterior, gostava de afanar as coisas dos hotéis...  O atual ministro da educação, em férias,  almoçando com a  família em um local público, é confrontado por índios e dispara: "vocês roubaram o Brasil!"... Sim, é verdade!

A ministra da família, sim, aquela da goiabeira, dispensa qualquer comentário, de tão sem noção que são suas observações, só não a ignoro, porque suas ações, à frente do ministério, são catastróficas, sua visão vitoriana causa-nos, no mínimo, receio. Sua última façanha, foi na Ilha de Marajó, diante de constatação de estupros, ela em vez de propor medidas de segurança e jurídicas, propôs resolver o pronlema com uma fabrica de calcinhas... Por outro lado, a família Bolsonaro, seus filhos, seu guru inculto e reacionário, o pai, com uma tara por ditaduras e torturadores, seu filho  Eduardo e o tal do Banon. Carlucho, aquele que não larga do twitter, disparando sua metralhadora  e causando saias justas entre os aliados. Flávio e o Queiroz, as rachadinhas e as laranjas... Já Bolsonaro, em live, diz que a indicação de Eduardo não é nepotismo e afirma que vai beneficiar o filho sim, se puder vai dar filé mignon...sim, na mesma live.

Moro,  o ministro da portaria n° 666, se enrolou muito mais com a prisão dos hackers de Araraquara, e agora, o que era ilícito virou lícito pela apreensão da PF, numa investigação legal, ou não? Vou nem falar nada do hacker que usa Windows...
O astronauta, que parecia, apesar de ausente e inepto, um cientista, duvida das pesquisas do INEP sobre desmatamento, ou seja, ministro da ciência e tecnologia que não acredita em pesquisa científica...

Diante de tudo isso, assistimos aos jornais televisivos nos dizendo de normalidade, que o país vai andando, que a inflação esta diminuindo, que o emprego cresce, modestamente, mas cresce. Não há no congreso uma indignação por parte dos aliados desse governo, um bando de deputados completamente alienados da realidade, fomentando ódio e propondo leis absurdasz bancado retrocessos, eliminando direitos adquiridos, um verdadeiro show de horrores...

E o povo calado, assistindo abismado, idiotizado hipnotizado por uma besta quadrada, mistificada e alçada, a custa de fakes news e facada, ao mais alto cargo desse país!

Manoel N Silva.

sexta-feira, 19 de julho de 2019

CIRCO BRASIL



Encontro-me completamente perplexo diante do que acontece no Brasil. Não é mais uma questão ideológica e nem partidária, trata-se realmente de um completo caos politico, econômico e social. Estamos diante de um governo apopletico, desarticulado e sem comando. Seus componentes são desconexos e beiram ao ridículo em suas ações e diretrizes. O chefe da nação e seus ministros mais parecem uma trupe circense do século passado. Atores canastrões e caricatos, encenando um pastelão dos anos trinta. Os seis meses de governo Bolsonaro, poderiam ser comparados, sem nenhum exagero, a uma chanchada da Atlântida, estrelada por Mazzaropi, sem querer desmerecer, o grande artista que ele foi.

Rodrigo Maia, apoiado pela grande Midia, se fez o condutor da famigerada Reforma da Previdência, protagonizando assim, a única ação política coerente desse semestre. A mediocridade administrativa do governo é comparável a de uma gestão de uma mercearia numa cidadezinha do interior, no início do século XX!

Seus filhos protagonizam escândalos e disparam bobagens e insultos, principalmente o Carlos, aos aliados, criando situações constrangedoras e resultando até em troca de ministros e demissões sem justificativa racional. O ministro do Meio Ambiente é contra a preservação e conservação das áreas de reserva, o da Educação, é contra o ensino superior gratuito e toma medidas que só prejudicam as universidades públicas federais, a ministra Damaris, essa nem se fala, ela pensa a família e a mulher com os valores morais do séc XIX. O ministro das Relações Exteriores, acredita que a terra é plana...

Bolsonaro e seus filhos têm uma verdadeira adoração aos EUA e Eduardo Bolsonaro será indicado para embaixada brasileira em Washington! Sem falar em milicias, laranjas e Queiroz...

Enfim, fica no ar a pergunta:
Se a Reforma da Previdência, única medida do governo, segundo ele e os seus apoiadores no congresso, para tirar o país  da estagnação econômica em que se encontra, não for aprovada? Ou, mesmo que seja, certamente não trará efeitos a curto e médio prazo, o que acontecerá com o nosso país? Já que plano de governo, o governo não têm, quem governará o Brasil?

Manoel N Silva.

quarta-feira, 17 de julho de 2019

O SONHADOR



Ele sempre sonhava. Sonhos quase reais, complexos, cheios de detalhes e, quase sempre, aterrorizantes. Eram sonhos que nunca acabavam, pesadelos que varavam-lhe as noites e o deixavam intrigado e cansado. Aqueles sonhos eram como seriados televisivos. Eram como se fossem uma segunda vida. Bastava um cochilo no ônibus, uma soneca ao meio-dia, após a refeição, e ele mergulhava naquele mundo sombrio, onde as coisas eram sempre opacas, moles, escorregadias e movediças. Nunca encontrava alguém, estava só naquele mundo imenso, mares e lagos, rios caudalosos e dunas que nunca acabavam, entremeados de pântanos e estranha vegetação aquática seca, sem cor. Nem sabia se realmente eram plantas ou simplesmente fósseis petrificados... 

Os caminhos sempre cheios de subidas e descidas infindáveis, trilhas cheias de pedras escorregadias e cavernas escuras, úmidas e vazias.Era um mundo sem vida, sem brilho, sem luz. Nesse mundo, estava sempre apressado, querendo chegar a algum lugar, atravessar um rio, escalar uma duna, caminhar por um pântano ou sair de uma caverna, tinha que chegar em algum lugar, mas eram sempre infindáveis os caminhos, era uma jornada inútil, mas, absolutamente necessária e urgente!   Nos sonhos era imprescindível seguir, ele sequer sabia aonde ir, mas a angústia e desejo  de seguir em frente, lhe moviam  e o impulsionava nessa empreitada sem sentido e sem finalidade. Acordava e já não sabia da realidade, seu mundo cinza, sua esposa esquálida e seus filhos franzinos, feios, com sorrisos amarelos, sempre a fazerem trejeitos ridículos.

Sai de casa cedo da manhã, pega o transporte coletivo, as mesmas pessoas, os mesmos rostos marcados pela mediocridade, os mesmos sorrisos falsos, as mesmas palavras, os mesmos lamentos: a filha que engravidou do namorado, o filho que se envolveu com drogas, o outro que assumiu sua sexualidade, a vizinha que dá  mole e ele ali, calado, suando, enojado, com vontade de gritar que  se calem, que se fechem em seus armários, que  desapareçam da sua vida! Desce do ônibus e o sol lhe fere os olhos, o rosto, a pele, essa maldita claridade, essa luz cortante, esse turbilhão de cores e vozes, pessoas que vêm e que vão, surssuros, suores, odores nauseantes, cores berrantes, que ferem os olhos e o gosto, moças saltitantes, transbordando sexualidade, moços de olhares gulosos, meninos, senhoras, senhores, enfim, pessoas que vagam sem rumo e sem sentido, perdidos em seus desejos de metais, em seus passeios matinais, preocupados com seu colesterol e sua pressão alta, seu bigode e sua barriga, suas estrias, seus seios caidos e seus sulcos faciais...

Ele chega ao escritório, senta na sua  cadeira, olha em volta, seu emprego medíocre, com tarefas iguais, seu chefe gordo e rico sempre sorrindo, uma alegria sebenta, oleosa, que fedia no seu nariz, como a gordura saturada no tacho do pasteleiro da esquina. Seus colegas de trabalho, sempre atentos, satisfeitos em suas medianas vidas, engajados nas suas tarefas diárias, tal qual ele, nos seus sonhos, em seguir em frente.. O peito doi, sorri sem graça, fecha os olhos e dorme, dorme e sonha... Não acordará jamais.

Manoel N Silva.

O Pântano

Naquela noite ele deitara cedo. Antes, a partir do meio-dia,
havia bebido umas cervejas, ouvido música, sentado na varanda observando transeuntes pela calçada, que lhe pareciam mulambos humanos a tremular, sob o efeito ótico causado pelos raios
solares, refletidos no asfalto em brasa, no início da tarde.

As crianças correndo e gritando sem razão, cachorros que zanzavam em buscas de restos, senhoras apressadas e senhores despreoucupados, nos seus passos largos, certos do almoço que lhes esperavam em casa. La adiante, um menino empurra um carro de reciclagem, e, em cada lixeira, mergulha metade do corpo em busca de garrafas vazias, latinhas de cerveja e refrigerante, joga-lhe as suas latinhas vazias e recebe um sorriso sem dentes, rasgado numa carinha sofrida e bronzeada em excesso...

Gatos perseguem pássaros distraídos na busca por migalhas no canteiro central.
A tarde vai caminhando lenta ao sabor amargo da cerveja e no ritmo da música triste que embala sua melancolia, o alcool na corrente sanguínea, vai chegando ao cérebro e fazendo seus mimos, transformando o medo em piada e o tédio em riso, vestindo de alegria a solidão, enchendo de desejos o vazio que domina sua existência. Mas, a euforia dos primeiros momentos, cede ao desânimo e ao peso da saturação etílica no cérebro e o que era diversão e riso se transforma em tristeza e choro...hora de dormir, afogar-se no mar do sono, fugir desse mundo em busca das sombrias paragens dos seus sonhos.

Desta vez, ele se depara no meio de um pântano, uma semi-escuridão, água escura, pesada, uma vegetação curta, chegando, no máximo, a metade do seu corpo, não escuta qualquer ruído, qualquer som que denuncie, outro ser, nem mesmo insetos, as plantas a sua volta, cinzas, parecem estalactites saindo da água, sem movimento, sem cheiro, mortas, petrificadas. Não lhe ferem e nem atrapalham sua passagem, e ele vai sempre em frente, sem saber para onde e nem o porquê da sua jornada. A sua volta tudo é pântano, não há horizonte, o céu é escuridão sem estrelas, sem astros, ele apressa o passo, dispara uma corrida desesperada, precisa chegar, precisa sair daquele pântano!

Ele continua correndo, estranhamente não se cansa, suas pernas não doem, seu corpo parece imune a qualquer dor e a água que é lançada, pela força dos seus pés, em forma de respingos no seu rosto, são como pedrinhas minúsculas de vidro, não molham, resvalam. No entanto, uma angústia sem tamanho, um aperto no peito, uma sensação sem precedentes, lhe invade a mente, uma solidão sem consciência,  uma empreitada sem sentido, sem rumo ou nexo. Ele acelera mais e mais, as hastes das plantas passam sem sons pelo seu corpo, seus olhos buscam inutilmente uma luz, um ponto de terra, uma outra paisagem qualquer, que lhe dê a esperança da chegada, que faça valer essa caminhada, qualquer coisa que se  justifique não parar, que aqueça o coração, que acalme a razão...

De repente um grito, um latido, ele abre os olhos e vê sua esposa gritando com o cãozinho que teima em latir para uma lagartixa na parede. Era manhã, precisava levantar e ir para o trabalho...

Manoel N Silva.

sábado, 13 de julho de 2019

TRADUÇÃO





Queria ter a palavra certa,
O verso correto e completo,
No tamanho exato desse momento.
Na dimensão concreta do meu sentimento!
Quem dera minha poesia medíocre
Se fizesse, por um momento,
A perfeita tradução da emoção.
Minhas mãos escrevessem com sangue
O desespero, a angústia, o medo e o desejo...
Quem me dera a capacidade, mesmo momentânea,
Da fluência significante do verbo descrever
Para que eu esculpisse em letras,
A obra prima da minha indignação!
Permitissem-me os deuses da escrita
Que as pontas dos meus dedos
Se fizessem cinzeis perfeitos
Compondo nessas teclas de plástico rígido
A mais sublime construção literária
A mais nítida crônica da dor humana
Jamais dita com tamanha clareza e sinceridade
Jamais percebida com  tanta profundidade
Mesmo que por mais verdadeira que se revelasse,
Seria, por todos, corretamente ignorada!

Manoel N Silva

terça-feira, 2 de julho de 2019

PARA ENTENDER O BRASIL DE BOLSONARO...

Não. A culpa do que acontece hoje no Brasil, não é do Bolsonaro, ele é só um banana. E nem dos governos do PT e FHC,  Isso é culpa de um sistema econômico em que a prioridade não é o ser humano e sim o patrimônio e os bens materiais e de todos que dele se beneficiam, ou seja, grandes empresários, grandes latifundiários, banqueiros e especuladores do sistema financeiro, que são quem realmente comandam os destinos da nação, apoiados por uma mídia oligárquica e um sistema politico viciado numa estrutura administrativa e judiciária calcada e forjada com os valores coloniais.

A minha critica ao governo atual é a sua incompetência política, discurso populista e moralizante, inércia administrativa e apoio a posições reacionárias e preconceituosas, que estimulam comportamentos violentos e legitimam atitudes que ferem os direitos humanos. Por outro lado, favorecem a grupos historicamente interessados apenas no enriquecimento fácil, a avançarem suas agendas políticas, criando leis que desfavorecem meio ambiente e minorias.

O mais Incrível, nesse cenário é a cegueira histórica dos apoiadores de Bolsonaro, não conseguem enxergar as heranças coloniais, os valores culturais enraizados no povo brasileiro...

Enfim, querem jogar no lixo mais de 300 anos de prática política voltados aos interesses de Portugal e depois da "independência" aos interesses comerciais ingleses. Além de que depois da implantação da República, foram pouquíssimos períodos de exercício da democracia, intercalados por regimes autoritarios e subservientes aos desejos e interesses estrangeiros, principalmente os dos EUA. Mas, se desejam reunir tudo isso e imputar a culpa em um período pouco maior que uma década. Fazer o quê? Cada um tem a percepção da realidade do tamanho da sua visão e compreensão do passado.

Manoel N Silva.

Uma análise suscinta, sem firulas, que transcende a mera ideologia.



O Brasil que se descortina no limiar da era Bolsonaro, não é fruto da política e nem dos políticos corruptos que a nossa prática parlamentar criou.
Nem mesmo das disputas ideológicas que marcaram nossa jovem democracia, não! O Brasil que nos aparece nesses poucos meses de um governo sem direção e sem rumo, mergulhado em fúteis ideias e sem bases idearias sólidas e autênticas, parece surgir de uma quimera grega, uma mutação improvável de um tempo sem medida e sem valor.

O que pariu essa besta imbecilizada, sem cabeça e sem cérebro, que se locomove sem norte, ao sabor de opiniões desconexas e sem embasamento, foi esse tempo fluído, como diria Baumam, sem estacas ideológicas, sem lentes científicas que sustentem visões. Foram  posições e opiniões vazias, frutos de desejos e crenças, suscitadas por celebridades instantâneas que a  a internet infantilizada possibilitou e a mídia irresponsável e ávida de lucro, transformou em realidade.

Manoel N Silva.

A Reforma



Não é a reforma da previdência  que deve ser a prioridade dos governos...sim, precisamos reformar a previdência, mas não é nos termos que hoje se apresentam. Não precisamos sacrificar  os contribuintes atuais, prestes a se aposentar, e nem aqueles que trabalham nas áreas rurais ou aqueles que dependem dos ditos benefícios de atenção continuada(BPC)   para construir uma previdência justa e capaz de auto-suficiência, sem comprometer os investimentos e o desenvolvimento do país. Nem tampouco deve ser prioritaria a reforma tributária, necessária para equilibrar os desníveis tributários entre o capital e o setor produtivo... Mas, se essas reformas não devem ser prioritárias, quais reformas deveria ser?
Bem, as reformas são necessárias e urgentes, porém não prioritárias, mesmo porque, nenhuma dessas reformas passará pelo congresso que aí está. Nenhum deputado ou senador dará um tiro no pé, eleitoralmente falando, e mesmo que passe, passará capenga, como foram todas as outras antes propostas por FHC, Lula  e. Dilma...
 Pois bem, então qual seria "A Reforma" a ser priorizada, sobre todas essas?

Bem, seria a reforma das  reformas, ou seja, a reforma política, essa que é o terror dos políticos e ao mesmo tempo o "desejo" ardente de todos...

Nosso sistema político eleitoral é uma vergonha, prioriza o capital, o poder econômico, em detrimento da representatividade. Não vou aqui me colocar como detentor da fórmula ideal, pois, ao meu entender, essa reforma, realmente a reforma que pode mudar o país e as práticas políticas, precisa ser amplamente discutida pela sociedade brasileira, deve ser objeto de consultas e debates populares, entre entidades de classes e representantes dos mais diversos setores sociais, desde empresários, trabalhadores, jornalistas, juristas, advogados e cidadãos comuns, sem nenhum vínculo corporativo. Para esses ultimos sugereria que fossem realizadasconsultas públicas, para averiguar suas posições.

Manoel N Silva.