sábado, 9 de setembro de 2017

E AGORA, TUCANOS?

  




    
            Após um ano da saída de Dilma do governo, ainda não vi nenhum efeito real de mudança das coisas no Brasil, ou melhor, de mudanças que efetivamente são favoráveis aos brasileiros da classe média e pobre, ou de empresas de médio e pequeno porte. Todas as ações favorecem o capital especulativo, bancos e grandes empresas e conglomerados e mega latifúndios.
            Infelizmente o que constato é uma crescente queda no emprego formal, um aumento significativo no fechamento de pequenos negócios regulamentados e um número cada vez maior de pessoas na informalidade.
            Enfim, o Governo arrochou, cortou, vendeu ou pretende vender estatais, precarizou boa parte das instituições educacionais, de segurança e fortaleceu comunicações, transportes e latifúndios. Cortou investimentos e fecha acordos recessivos com os estados endividados. Despreza o meio ambiente e ameaça cortar direitos adquiridos pelas populações quilombolas e indígenas, reduz reservas ambientais e ameaça liberar e legalizar invasões a terras protegidas, favorecendo as grilagens e punindo a natureza.
          Como se isso tudo já não fosse o bastante, o rombo nas contas públicas só aumenta, a previsão aumentou em cerca de 20 bilhões, o salário mínimo previsto teve redução em R$ 10,00. Boa parte da cúpula do governo, inclusive o Presidente, ou está denunciada ou pode vir a ser denunciada. O combate a corrupção, grande bandeira levantada pelos milhares de manifestantes nos domingos da paulista, perdeu força e cambaleia ferida de morte pelos articuladores palacianos em acordos no parlamento e no judiciário, como revelam as gravações da JBS...
           Diante de tal conjuntura, não me espanta nem um pouco que o povo, cansado desse jogo marcado, onde todos são cúmplices e culpados, se jogue nos braços de Lula, ignorando qualquer suposto crime, visto que de fato, o que existe de concreto e positivo, são os atos e fatos ocorridos nos últimos 12 anos de governo petista.


Manoel N Silva