sábado, 21 de novembro de 2009
“Existir”
sábado, 24 de outubro de 2009
SONHO DE PRATA
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
SOCIEDADES SECRETAS
LIBERDADE
Não vou falar sobre o que é a liberdade, se ela existe ou não! O que pretendo é analisar o que existe em função deste conceito! Qual a influência deste conceito na minha existência, seus benefícios e desvantagens! Afinal, ser livre é bom ou ruim?
Desde muito cedo, quando ainda nem sabia quem ou o que era eu, já me diziam que não podia fazer o que quisesse, pois eu não era livre, precisava obedecer a regras... Ainda bem jovem, quase criança ainda, me vi diante destas “regras”, as quais eu sempre obedecera sem questionar! Foi então que me vieram as questões: Quem me prende? Quem me obriga a não fazer ou deixar de fazer algo que eu deseje ou não fazer? Quem é o dono da minha vontade?
Questionando-me e buscando no conhecimento existente, respostas, acabei percebendo que a liberdade não pertence a ninguém, ela não é passível de dono, de comando, já que se fosse perderia o sentido que lhe é dado! Há quem diga que liberdade não existe, outros que é uma ilusão, um desejo, um estado de “espírito”...
Eu não questiono isso, existe o conceito em todo ser humano de que liberdade é o ato de fazer o que se quer, quando, como e onde quiser, sem satisfações, impedimentos ou imposições externas a nossa vontade. E, é baseado nesse conceito que falo aqui de liberdade.
Partindo disso, me perguntei o que a liberdade me faz? O que ela me traz? Como ela interfere na minha existência, no meu ser, no meu agir, no meu ver o mundo?
Foi então que a surpresa maior me veio, eu me descobri livre! Apesar de todas as regras e imposições, eu era livre! E a liberdade era o que me guiava pela vida, todos os meus atos, todas as ações, toda a minha relação com o mundo era um ato de liberdade! Era a certeza de que eu podia fazer, se quisesse, que definia a minha liberdade e não a regra, a lei, a imposição. Se meus atos eram restritos, era porque assim escolhi! Essa é a dádiva maravilhosa da liberdade em minha vida. Eu não queria ser livre para fazer tudo, eu podia fazer tudo...! Se não o fazia, era graças à liberdade que me dava a chance de escolher!
Assim vejo a liberdade e o que ela faz por mim!
Manoel N Silva
A BANALIDADE DE SER...
Sei que vou ser chamado de intolerante, porém não importa a opinião desta parcela imbecilizada que vagueia pela internet, pelos bares, pelas ruas, baladas e bailes funk’s, academias e clubes de luta. Apologistas de uma burrice crônica, de uma falta de conteúdo generalizada.
Não consigo mais ver jovens seres promissores e sim, corpos e rostos. Não consigo ver pessoas e sim objetos de consumo. Não vejo crescimento, vejo modelação. Não vejo formação de caráter, vejo plano de marketing... Não há mais estética, existe só a imagem!
Sinto-me triste diante de tanta banalidade, tantos valores inúteis. Como conseguiram formar uma tamanha quantidade de zumbis? Perfeitos idiotas programados? Dentro em breve veremos pelas ruas moças iguaiszinhas, tanto no vestir como na aparência física, elas serão “reformadas” pelos bisturis mágicos e os químicos brilhantes que produzirão moiçolas em série, e sairão dos consultórios e gabinetes, salões de beleza, clínicas de cirurgias plásticas, prontas para o consumo dos rapazes produzidos na mesma linha de produção. Modelados em academias e “inflados” pela química dos anabolizantes divinos e maravilhosos...
Não haverá diversidade, pois serão todos produzidos em série conforme padrão de qualidade exigido pela “moda”, geradora de modelos de beleza e comportamento...
Não existem mais pessoas, existem lotes de seres humanos que são programados pelas mesmas características do “modelo”, Não existe individualidade, o máximo da individualidade é a escova de dente, tudo o mais é padronizado conforme a série em que o ser humano foi inserido...
Existem os EMOS, estes realmente capricham na padronização, é quase impossível notar uma diferença entre eles... São perfeitos em suas adaptações ao modelo... Sincronizam até seus pensamentos, são o que há de mais moderno em matéria de programação pessoal, eles são o resultado de anos e anos de imposição e condicionamento, eles quase chegam a perfeição: são totalmente vazios e superficiais, frágeis emocionalmente e têm como característica marcante a tendência depressiva, muito útil a manutenção do modelo...
Existem modelos mais robustos, agressivos... É o caso dos PITBOYS, categoria acéfala, totalmente desprovida da capacidade de pensar. São facilmente manipulados e levados a fazer o que queremos, respondem prontamente a estímulos direcionados a vaidade. Esses são perigosos, sua produção é baseada em fatores instáveis, misturam muitas características conflitantes. Além de que, tecnologia é obsoleta, facilmente perdem o controle e cometem atrocidades com outros seres que não estão em conformidade com seu padrão. Suas principais características são a intolerância e a violência gratuita. Cuidado com esses modelos, eles costumam sempre andar em grupos numerosos e são altamente covardes e bestiais, já que não possuem a capacidade de raciocínio (defeito de fabricação) e infelizmente não pode ser corrigido com um recall...
Existem os “ATIVISTAS” são iguais em tudo só mudam o propósito e as ideologias as quais eles defendem, porém nada os diferem dos outros militantes, sejam ativistas gays, negros, pobres, sem teto, sem terra, ecológicos. Todos têm o mesmo “modus operandis”. Só leram Marx e seus seguidores. Falam em igualdade de direitos, luta de classes e ditadura do proletariado...
São intolerantes com quem se coloca contra suas “verdades”... Esses muitas vezes podem ser confundidos com seres independentes e esclarecidos livres de condicionamentos, mas é mera ilusão, eles não conseguem ter uma outra visão. Diante da menor contrariedade aos seus ideais, revela-se a sua verdadeira natureza. Alerta com essa categoria, ela tem a capacidade de dissimulação, ela pode se mostrar igual aos emos, pitboys, etc. contanto que isso sirva a sua causa!
Manoel N Silva
terça-feira, 6 de outubro de 2009
A FOGUEIRA DAS VAIDADES.
Tópicos que falam de assuntos específicos, são desvirtuados com bate-papo, tentativas de ironia, piadas sem contexto e até citações bíblicas e jargões ideológicos. Tudo isso apenas para ficarem em evidencia, para conquistarem os olhares, as atenções.
Uns buscam a proximidade, na tentativa de que a luz que emana da criatura lhes ilumine também, outros tentam apagar a luz jogando mantos sobre ela, alguns acendem faróis e holofotes sobre si mesmo na tentativa de ofuscar o brilho natural que teima em lhes obscurecer. E há ainda os que tentam obstruir os olhos da platéia jogado poeira e fazendo fumaça, para que o brilho natural seja obscurecido.
LIVRE MERCADO
Não é uma critica ao liberalismo, ou ao capital e nem muito menos um daqueles artigos que pretendem dizer o quanto esse ou aquele estava errado ou certo...
Não vou aqui acusar Marx ou Adam, ou defende-los. Quero apenas discorrer livremente sobre o Livre Mercado, sem compromissos ideológicos, teóricos, acadêmicos..etc. Quero apenas, como cidadão comum, homem simples e sem maiores e profundos conhecimentos de economia, analisar a crise que se desenrola sob meu olhar. Fazer analogias inocentes e sem fundamentos, divagar sobre o modelo econômico ideal que se apresenta ou apresentava.
O que seria esse famoso Livre Mercado? Como ele funciona? Bem, eu sempre vi essa prática impossível, inconsistente, pois, no meu entender, se baseia em “crença”. É preciso que todos acreditem cegamente nisto para que ele funcione... Sem querer ser cético e nem fazer gracejos religiosos, cito aqui uma frase popular, um adágio que corre pela boca do povo: “quem vive de fé (promessa) é santo”...
Não entendi até hoje como tantos homens acreditaram que pudesse existir uma prática econômica em que o Mercado definisse as regras. Como se o Mercado fosse um ser pensante, capaz de se auto-gerir, controlar o humor, a ganância, os desejos, as emoções humanas... Loucura!!
Como alguém pode acreditar nisso e fazer disso uma certeza para ser vendida a toda a humanidade?
Eu, como simples cidadão comum, como homem comum, jamais deixaria uma entidade subjetiva, imaginária reger minha vida, controlar meus impulsos... Talvez seja por isso que religião e economia sempre andam juntas, abraçadas, entrelaçadas, numa relação promíscua, onde são cúmplices, inimigas e amantes... É preciso muita fé para acreditar nos valores de ambas!
Mas, deixando de lado o místico e passando a realidade, como os homens acreditam que possa um regime, um sistema, reger as relações humanas, sem sofrer suas influências? Será que os economistas pensam que a economia é algo separado do ser humano? Algo que funciona sem a vontade do homem? Que a simples necessidade do mercado anula a capacidade de interferência do ser humano? Que o ser humano torna-se impotente diante da “onipotência” do mercado? Mais uma vez pergunto:
Como podem ser tão ingênuos esses teóricos?
Não existe naturalidade nos sistemas econômicos hoje vigentes, eles não são naturalmente criados, porque economia é uma invenção humana, nascida da necessidade humana e não imposta naturalmente ao homem.
Economia é o resultado das tentativas de organizar as trocas necessárias a sobrevivência da humanidade, a sua complexidade é fruto de uma porcentagem quase que total, da ganância do homem e não da necessidade básica que resultou em sua criação.
Evidente que o crescimento da população e a necessidade crescente de produtos, a inovação tecnológica, as descobertas criaram dificuldades nas trocas básicas, porém, as distorções do homem, visando um enriquecimento pessoal, são as principais culpadas dessa enorme interdependência econômica mundial, ele foi criando mecanismos cada vez mais sofisticados para “maquiar” sua ambição.
Criou donos, dependentes e consumidores... Primeiro em escala pessoal, familiar, depois foi passando a uma parcela maior, vilas, condados, municípios, estados e nações. É preciso manter sempre esse sistema de dependência do mercado por parte dos consumidores e produtores... Ou os donos quebram. Surge então a crise!
Mas o que é a crise? Eu diria que nada! Isso mesmo, nada! A crise não é nada, ela é apenas o resultado da maquilagem mal feita, os donos não souberam manter o rosto devidamente maquiado, bonito para os consumidores e produtores de riquezas. Eles deixaram que eles vissem que não existe mercado, o mercado é o homem! Eles deixaram entrever sob a pintura carregada a face da economia, ou seja, a sua própria face, e os consumidores perderam a fé, deixaram de acreditar que o mercado podia comandar suas vidas!
Manoel N Silva