A certeza!
O doce prazer de sentir
E ter fé
Caminhar no escuro,
Fechar meus olhos
E saber como chegar...
Quisera
A calma do crente
Sempre conciso
Quase contente
Nunca se reparte
Nunca se ressente...
Não duvida. Não se revolta.
Só a fé se reporta!
Quisera
O temor do crédulo,
Ao castigo inútil, sem razão,
Entregar-me...
Caminhar sem olhar os lados,
Os cantos, os becos, as sombras.
Apenas lamentar e,
Contrito me calar.
Quem dera
Poder me olhar no espelho
A barba aparada
O cabelo arrumado
Uma bomba ao largo
Explodindo milhares,
E eu, tranqüilo,
Meu bigode pentear...
Quem dera
A alegria de cantar
Vestido de esperança
E durante o canto,
Daquelas doces crianças,
Como se fossem bichos
Envoltas em lixo,
Não me lembrar...
Quisera
Um lindo hino
Na boca de um menino
Me enchesse de emoção
E que um prato vazio,
Uma mão estendida,
Não me tirassem o tino!
Quisera
De terno e binóculo
Do alto da minha fé
Olhar o mundo
E ver apenas rebanhos
Ovelhas brancas e ordeiras
E eu, do alto da minha idiotice
Sentir-me pastor e guia
E de dentro de minha
Megalomania
Declarar-me feliz!!!
Manoel Nogueira
2 comentários:
Belo poema Manoel, indiquei seu blog ao Prêmio Dardos, apenas uma singela homenagem aos bons blogs da internet, que fazemos uns aos outros. O selo está no meu blog.
Abraço
http://pensamentosifragmentos.blogspot.com
Valeu Alan,!!!
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