sábado, 9 de março de 2019

À SOMBRA DA OLIVEIRA




As luzes não se apagam
Os olhos não se fecham
As mãos ainda se agitam
Nada foi superado
Nada foi suprimido
Aquele calafrio maldito
Aquele frio na espinha
Em cada noite que se avizinha
É como um espinho na ferida
Que parecia já cicatriz
É uma janela que se abre
No porão dos meus suplícios
Medos e arrepios
Surgindo nas palavras e nos gestos
Transmitidas ao vivo
Surfadas no cibernético mar
Aquele som de corneta
Aquelas listras em vermelho
Aquelas estrelas douradas
Nos ombros daqueles homens
Vestidos da cor da oliva
Não me deixam sonhar
Não me deixam amar!

Manoel N Silva

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