segunda-feira, 7 de abril de 2008

IMMANUEL KANT....UM ILUMINISTA OU UM ILUMINADO?





Kant, provinciano (nunca foi além de 12 km de sua cidade natal, Königsberg, Alemanha) metódico, profundamente religioso (claramente revelado em sua obra), teve a sua existência dedicada a estudar e ensinar.
Completamente alinhado com o pensamento Iluminista, comunga com os ideais da Revolução Francesa e da independência americana. Mostra-se pacifista e anti militarista.Kant, se vê numa encruzilhada, a partir desta constrói interpretações da razão, ponto inicial do pensamento moderno de onde partem: a ação moral, o trabalho científico, a ordenação da sociedade, e o projeto histórico na atual sociedade.

Neste breve relato não poderia descrever e analisar profundamente o sistema filosófico de Kant, pois o mesmo demanda considerável volume. Haja vista que o objetivo de Kant é elaborar as leis e limites do raciocínio humano e enfrentar, a crença daqueles que supervalorizam a mente, e também, o ceticismo dos que a subestimam. Nessa sua “cruzada” se propõe a destruir as bases do materialismo, fatalismo e ateísmo. Com isso postula acabar com qualquer oposição a moral e a religião, provando claramente que seus adversários são ignorantes.

O sistema filosófico de Kant, num paralelo copernicano, Kant revela os limites e a real posição da mente em relação aos objetos do seu conhecimento. Dessa forma, Kant demonstra que vários fenômenos do pensamento precisam ser explicados, porem não atribui, como alguns, a causas independentes externas, e sim, a leis essenciais que regem os movimentos inerentes do pensamento.

Kant ilustra a razão. Como a imagina o iluminismo. O iluminismo é o que liberta o homem, leva o homem a se “iluminar”, usando seu próprio entendimento. A razão só se limita por si mesma, a razão é única para toda a humanidade, fixa em sua natureza, e se desenvolve no tempo, sob o comando de sua essência. Já a razão ilustrada é tolerante, flexível e se opõe.

O pensamento de Kant, tenta ir além e resumir o racionalismo e o empirismo.
Na sua crítica, Kant quer libertar a alma do determinismo, dotando-a de vontade própria.
Ele propõe a virtude como ação universal, para o desenvolvimento do homem, através da arte e seu conhecimento.

Com tudo isso Kant, sai de uma encruzilhada e cria uma tripla dificuldade para o idealismo: O idealismo Transcendental, a incompatibilidade entre a razão da teoria e a prática da razão e a “coisa em si”.

Afinal Kant, iluminou ou é apenas ele o iluminado?

Só a ele é possível a compreensão e a aplicação de seu pensamento filosófico. ..ou não?
Na realidade quero abrir, desmistificar essa idéia de que Kant, em seu pensar, é incompreensível... Desejo um debate mais amplo sobre esse pensamento, sua utilização, principalmente nas práticas jurídicas e áreas ligadas ao direito, a ética e a religião.

Kant coloca a sensibilidade e a imaginação como principais agentes interpretativos da intuição...sendo o tempo e espaço existentes apenas na percepção do nosso intelecto...e por outro lado a razão existente por si própria...e a coisa em si impossível de ser percebida..o que sobra para a razão prática? o conhecimento a "priori" é praticável e aplicável fora da teoria? na razão prática, nos postulados da imortalidade da alma e da existência de deus, ele não coloca a existência destes como solução para a aplicação prática da razão, mesmo diante da impossibilidade de provas?

Assim sendo ele viabiliza a ciência e a religião, mas assim agindo, ele não deu margens para que seus conceitos fossem relegados a uma teoria impraticável? Deixando as duas( ciência e religião) livres para validar suas teses, visto da impossibilidade de provas efetivas e seguras? não estaria aí aberto o caminho para a especulação da fé e da ciência?
Numa interpretação simplória (bem ao meu gosto e estilo) Kant, partiu para destruir a metafísica, destruiu, Aí percebeu que sem ela o homem perderia o rumo...diante dessa constatação, "inventou" uma condição ideal para alocar a metafísica, sem destruir seu trabalho anterior...aboliu a razão da moral..

Não seria essa distancia teórica da prática, quer admitam quer não, os admirados de Kant, essa natureza contraditória em sua filosofia, que abre tantas possibilidades tanto de um lado(ciência) como de outro(fé), que o torna tão estudado e discutido? ou seja não é sua obra, por não poder ser aplicada praticamente, a não ser se dividida...um celeiro de teorias ambíguas?


Por isso, essa ambigüidade, eu tenho uma visão um pouco diferente de Kant, penso que ele foi além do que podia ir e não soube como arrematar sua obra...ficando assim restrito apenas ao meio filosófico....sua filosofia serve apenas para base de outras, ela não aplica-se por si mesma...não tiro com isso o mérito de sua obra para a filosofia, mas , é apenas nela que ela faz sentido, fora dela, infelizmente se resume a um livro empoleirado na estante...

Um comentário:

Anônimo disse...

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