Sob o meu olhar de vidro,
Eu observo essa boca enorme
Que se abre para a noite abocanhar...
Ela ergue-se azul, quase negra,
Vai devorando, lenta e calma
Cada sombra, cada rosto disforme
Seu apetite é voraz...
A noite vai sucumbindo,
Lentamente sendo devorada
Por esse monstro branco,
De boca enorme e que a nada esconde...
Toda escuridão se dissolve nessa boca iluminada...
Ela se aproxima firme, cadenciada...
Protejo-me atrás dos óculos azuis,
Mas é inútil...
Fecho os olhos...
Não me entrego à boca da manhã
Corro ao quarto escuro do meu ser
E ali me acalmo...
Tranco a porta...
Cá não há frestas...
Minha alma se cala,
Até que a noite,
Na sua luta diária,
Qual serpente negra,
Se arraste dengosa e sensual,
Escape entre os dentes do dia
E, de repente, antes que a tarde sinta...
A tudo invada...
E no quarto escuro,
Minha alma desperte... e saia!
Eu observo essa boca enorme
Que se abre para a noite abocanhar...
Ela ergue-se azul, quase negra,
Vai devorando, lenta e calma
Cada sombra, cada rosto disforme
Seu apetite é voraz...
A noite vai sucumbindo,
Lentamente sendo devorada
Por esse monstro branco,
De boca enorme e que a nada esconde...
Toda escuridão se dissolve nessa boca iluminada...
Ela se aproxima firme, cadenciada...
Protejo-me atrás dos óculos azuis,
Mas é inútil...
Fecho os olhos...
Não me entrego à boca da manhã
Corro ao quarto escuro do meu ser
E ali me acalmo...
Tranco a porta...
Cá não há frestas...
Minha alma se cala,
Até que a noite,
Na sua luta diária,
Qual serpente negra,
Se arraste dengosa e sensual,
Escape entre os dentes do dia
E, de repente, antes que a tarde sinta...
A tudo invada...
E no quarto escuro,
Minha alma desperte... e saia!
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