domingo, 29 de março de 2020

A CONDIÇÃO HUMANA

Estar só. Ser só! Incompreensível, incomunicável... Essa parece que é  a condição do sujeito enquanto subjetividade pura, destituída de qualquer ação ou reação externa.

 "EU" cartesiano, sartriano, kantiano... enfim, eu enquanto substrato de mim mesmo, consciência existencial  exclusiva do outro e do mundo. Eu e só. Mesmo quando encontro com o outro, no mundo e para o mundo, estou só. Não encontro nada de mim, no outro,  senão aquilo que nele coloco. A vontade, o desejo de ressonância e reflexo. Visto o outro de mim mesmo. Construo uma identificação a partir do que sou e ignoro o outro enquanto subjetividade e identidade.

 O outro não existe para eu, a não  ser para me refletir e suprimir a minha solidão, preencher o vazio que a civilização abriu ao nos unir em sociedade. Somos seres solitários, a razão é solitária. A racionalidade nos separa de todo o resto. E nos separa enquanto indivíduos que se compreendem independente dos outros.

 Pensamos,  logo existimos separados de tudo e todos. Descartes não radicaliza a dúvida e nem o ceticismo, ele simplesmente se encontra enquanto ser racional, consciência de si mesmo, isolado, preso a subjetividade e a incompreensão do outro. Uma "coisa" só. Sem qualquer conexão intelectual com qualquer outra coisa existente! Só! Completamente isolado em sua consciência, impossível de chegar ao mundo e ao outro. Kant vai compreender isso e declarar que a "coisa em si não existe". Não alcançamos o mundo, nós o representamos a partir da nossa subjetividade, nem sequer o vislumbramos, como cogita Schopehauer, apenas o construímos a partir das nossas faculdades cognitivas, da nossas habilidades intelectuais.

Ao longo da existência humana os homens desenvolveram ferramentas para tentarem uma comunicação e entendimento.  Um mínimo de compartilhamento e interação, a fim de possibilitarem a construção de uma realidade fenomenológica comum. O aparecimento, via linguagem e conceitos, das coisas e do mundo, esses eternos desconhecidos.

Essa construção histórica é que enganou Hegel e iludiu os empiristas. Eles acreditaram numa relação material entre o "eu" e o mundo, através dos sentidos. Acreditaram que o conjunto das construções históricas, os fenômenos construídos pelos homens, sua linguagem e suas mediações, independiam da subjetividade do "eu". Mas, como sugeriu Sartre, o "eu para o outro" é uma construção consciente, formulada para aparecer ao outro, não como "eu sou", mas como "eu quero ser", ou "como eu quero que o outro me veja".

 Partindo disso, compreendo que qualquer realidade é mera representação de desejos comuns colocados em prática,  erguidos na conveniência social. O "mundo real", portanto, de real nada tem. A materialidade do mundo é  fruto da construção histórica das vontades e não algo pronto, pré-existente, determinado fora do "eu"  solitário.

  Os sofistas Protágoras e  Gorgias já  compreendiam isso e não lutavam contra essa condição: "tudo que existe é a medida do homem" e "a realidade, o real em si mesmo, não existe, e mesmo que exista não podem ser conhecido e se conhecido  for, jamais poderia ser compartilhado".

Diante dessa impossibilidade do conhecimento noumênico, dessa solidão existencial,  é compreensível  que nos assole essa angústia kiekergardiana, esse desejo desesperado por determinação e transcendência!

MNS.

sábado, 28 de março de 2020

A carreata e a incoerência econômica do Brasil.

Hoje, vendo e lendo sobre a carreata da morte em Santa Catarina e em algumas cidades, me pergunto o que pensam os homens de negócios no nosso país? Que norte econômico guia as suas ações? Não compreendo a lógica que eles usam para desenvolver seus negócios.

Toda a literatura e prática capitalista, nos leva a conclusão que é necessário estruturas bem consolidadas na área de saúde, educação, formação profissional, logística e transporte, comunicação e saneamento básico, um sistema financeiro enxuto e moderno, livre do rentismo e da especulação, capital produtivo movimentando o mercado de ações e o trabalho como base da economia. Para tal é necessário investimentos maciços nessas áreas.

No entanto, nosso parque industrial é precário, obsoleto, as estradas são de péssima qualidade e deficitárias, não temos uma malha ferroviária para escoamento e transporte de mercadorias, não dispomos de hidrovias, nossos serviços de logística e transporte rodoviário são extremamente frágeis e vulneráveis a qualquer crise, por menor que seja, nossa matriz energética é majoritariamente hidrelétrica e não investimos em energias alternativas e sustentáveis. Diante disso, reafirmo a pergunta que norte econômico guia o empresariado brasileiro? Que matriz teórica fundamenta a economia brasileira?

Ao longo dos meus 59 anos, convivi em diversos momentos da nossa história recente, com verdadeiros absurdos econômicos que fariam qualquer teórico do mundo moderno suicidar-se, ao verem suas teorias tão precariamente e erroneamente interpretadas e colocadas em prática, absolutamente fora de contexto e condições.

Adam Smith certamente comeria seus escritos se pudesse ver o que fizeram com sua teoria do trabalho como fundamento da riqueza das nações! Bentham e os Mills, certamente ficariam apopléticos de raiva, diante do utilitarismo barato e da falsa liberdade econômica que hoje se prática no mundo.
Keynes nem falo, coitado! seu bem estar social, afundou no neoliberalismo insano, que não leva em conta as pessoas e a sanidade delas, como fim primeiro da riqueza de uma nação.

Enfim, destruindo e deturpando os conceitos econômicos e seus fins, o Brasil, principalmente, é uma aberração econômica, onde mostra-se um pensamento neoliberal inconsequetemente minimista em relação ao Estado e uma estrutura medieval, feudalista e escravista, onde o empresariado não investe em tecnologia, formação profissional, infra estrutura e ainda deseja que o Estado "mínimo", assuma essa responsabilidade, investindo em educação, saúde, transporte, subsidiando a indústria e o agronegócio, modernizando estradas e bancando a demanda de energia. E quando vem a crise, quem deve arcar com o ônus? O Estado!

Reflitam, estudem, analisem a realidade e mandem esses empresários(?) recolherem-se aos seus feudos e trancaram seus portões, encherem seus fossos e rezarem para que o medo e o desespero não abra os olhos desse povo e finalmente ele entenda onde está a força e de onde emana o poder legítimo!

Essa carreata só revela e escancara a fragilidade desse modelo arcaico e colonial e escravista, que fundamenta o pensamento político, social e econômico da classe dominante nesse país de bananas. Demonstra o preconceito, o descaso e a falta de empatia das elites em relação a classe trabalhadora. Evidencia a desigualdade e o porquê de sua existência e tão profunda diferença.

Infelizmente o grito dos excluídos não chega nem a ser murmúrio nos ouvidos dos detentores do dinheiro e promotores dessa condição!

MNS 

quarta-feira, 25 de março de 2020

INSANIDADE


Não  é  mais uma questão de  confrontos ideológicos ou divergências conceituais, esse presidente extrapola a fronteira do razoável, do suportável, enquanto construção cognitiva. Ele viola todas as leis da lógica e da coerência política, desdenha da pesquisa científica, dos esforços dos profissionais de saúde, joga no lixo a experiência sanitária e infectologista da medicina preventiva de todo o planeta e constrói sua visão de realidade baseada em achismos, crenças  fúteis e opiniões infundadas de pessoas despreparadas, sem qualquer empatia com a população desse nação.

Seu discurso é uma afronta, não  só  a sociedade e ao povo brasileiro, mas as sociedades e as nações do mundo todo, que centram seus esforços no sentido de minimizar os efeitos desastrosos que essa pandemia causa e, de repente, assistem perplexos, um líder de uma nação importante, que exerce indiscutível influência política e econômica, na América do Sul e no mundo, destilar asneiras e difundir conflitos entre governadores, imprensa, autoridades locais e mundiais de saúde e a população desse país, numa irresponsabilidade jamais vista em um líder nacional.

Não é mais tolerável, do ponto de vista jurídico e legal, que esse insano continue a destilar seu veneno ideológico e a sua estreita visão sobre o povo brasileiro.
É imperativo que as autoridades, as instituições e os outros poderes constituídos, tomem definitivamente uma atitude firme e clara para colocar esse individuo no seu devido lugar. Que o façam compreender que ele não
stá a frente de um botequim e nem é chefe de gabinetezinho de deputado federal, cujos fins nunca foram o bem estar da sociedade  sim o proveito proprio. É urgente que se definam os limites de um presidente em um regime democrático de direito,  numa sociedade livre!

Àqueles que foram eleitos pelo povo para compor o Congresso Nacional, legislar e fiscalizar o cumprimento das leis e das diretrizes administrativas, devem se colocar acima dos seus desejos e interesses pessoais e fazerem a sua parte cumprindo o seu dever constitucional.

Assim também deve se colocar a Justiça e tomar as devidas medidas cabíveis diante do comportamento incompatível com a grandeza do cargo e a responsabilidade que ele acarreta.

Senhores façam aquilo que o povo e a Carta Magna lhes outorgou!

MNS

domingo, 22 de março de 2020

O HOMEM É UM ANIMAL SOCIAL

 Aristóteles é o mais sistemático dos filósofos, ele não mistura as coisas. Todo o seu esforço filosófico é buscar sistemas claros, específicos. Ele, diferentemente de Sócrates e Platão, busca discriminar minuciosamente cada parte dos objetos de estudo na sua época, tentando compreender, sem desvirtuar ou intervir, senão com a análise e a lógica racional, a condição humana e seus diversos constructos sociais, políticos, éticos, físicos e biológicos.

Se, "Toda a filosofia ocidental nada mais é que notas de rodapé à obra de Platão" , eu concordo plenamente com quem disse que a maioria dessas notas são de Aristóteles.

Diante disso, tentarei explicar e fundamentar a afirmativa que dá título a esse post, de que o homem é um animal social, baseado na conclusão aristotélica de que o homem é , por natureza, um "zoon politikon".

Para começar, não esqueçamos que na época de Aristóteles não existia a especificidade do termo "sociologia" ou "social" e "política" era relativo a convivência na pólis. Portanto, relativo à sociedade. Também é bom lembrarmos que a pior punição para o cidadão ateniense, era exatamente o desterro e ostracismo, que fez Sócrates preferir a cicuta. O que demonstra o quão importante era pertencer à cidade, a pólis.

Eu, academicamente assumiria a afirmativa aristotélica de que o homem é um ser social, fundamentado em toda a obra filosófica do período socrático (que me abstenho de citar, tanto pela quantidade, quanto pelo conhecimento da grande maioria que vier a ler estes escritos). É uma conclusão lógica e, ariscaria eu, a única capaz de reproduzir o que Aristóteles quis dizer com a expressão "zoon politikon".

Muitos poderiam contestar dizendo que político não é sinônimo de social. Sim, absolutamente não é! Mas, não foi a concepção do termo "social", que mudou ao longo do tempo e se distanciou da concepção do termo "política", ao contrário, foi a concepção de política, na era moderna, que se afastou daquela concepção clássica grega, muito mais próxima do termo moderno para sociabilidade.

O termo sociabilidade é moderno. Veio com a necessidade de substituir aquele antigo termo grego "politikon", que queria dizer relativo a cidade, a "pólis". Que não siginificava, de modo algum, o termo moderno, comumente traduzido, "cidade-estado", era muito mais próximo dos termos modernos de "Nação" ou "sociedade". Eu prefiro sociedade, pela complexidade que envolve esse termo, tanto quanto o termo grego, e que deriva do termo latim "sociatas " que é pós grego antigo e clássico, e começa a ser usado por volta do séc XIII, como equivalente a "comunidade de indivíduos". Por estas e outras muitas justificativas, eu compreendo e aceito, dentro da visão aristotélica, de que o homem é um animal social. 


No entanto, discordo dessa natureza. Na minha visão o homem é compelido, obrigado a viver em sociedade, não porque seja de sua natureza, mas, por pura necessidade. E necessidade no contexto atual, onde estão envolvidos todos os conceitos de escolha, liberdade, sociedade, globalização, privacidade, informação, egoísmo, utilidade, condição humana, enfim, essa concepção contemporânea de "ser humano".

A minha visão sobre a natureza humana é social e sob as lentes sartrianas e existencialistas, ou seja, não vejo a possibilidade de uma natureza humana e sim a construção de uma natureza pessoal, fundada na percepção e compreensão do mundo e das pessoas ao seu redor. Somos constructos sociais com bases no desejo e na necessidade de existir, enquanto ser que se encontra no mundo e precisa sobreviver.

MNS

sábado, 21 de março de 2020

Brasil, um navio sem timoneiro.


Uma nação gigante, cheia de riquezas e com um enorme potencial de crescimento. Um país com uma enorme área propícia a agricultura, pecuária e extrativismo. Rica em minérios e de uma beleza litorânea de dar inveja a gregos e mexicanos. Uma região  amazônica com a maior biodiversidade do mundo! Talvez uma das únicas nações com a possibilidade de conviver harmonicamente com o meio ambiente e ainda ser capaz de se industrializar sem ferí-lo ou destruí-lo.

Uma nação relativamente nova, se compararmos com o velho continente e suas civilizações milenares, com suas populações maduras e já se curvando para a velhice. Enfim, um país jovem, com uma população jovem, pronta para crescer e fazer desse país uma potência econômica e líder da América Latina!

Mas, infelizmente não saímos da promessa, não damos os passos iniciais para a realização do nosso potencial e sequer estamos estacionados! Não caminhamos para o horizonte, estamos com os olhos e os pés  voltados para trás! Batemos cabeça entre o desejo de ser grande e o medo da mudança real.

Os empresários querem crescer sem custo, sem investimentos pessoais, sempre sob as benesses  do estado( que dizem querer "mínimo")os agropecuaristas, preferem os grandes latifúndios e monoculturas, dão  prioridade a exportação "in natura" e inviabilizam a agroindústria nacional. Preferem ser os maiores produtores e exportadores de grãos, de laranja, etc, do que fomentar a manufatura e industrialização interna.
Reclamam dos subsídios das outras nações, mas não buscam agregar valores aos seus produtos. Clamam por um câmbio desvalorizado, mas não  diversificam seus produtos!

Já  o comércio lojista prefere (e com razão) a importação de produtos industrializados, visto que a indústria nacional não se moderniza, não  investe em tecnologia e nem valoriza seus quadros funcionais, promovendo a formação técnica e tecnológica deles. Anseia por tecnologia e mão-de-obra qualificada, mas, espera o "Estado Mínimo", fazer isso para ele. Sonega, sonega e reclama dos direitos sociais, tampouco investe em creches, moradia e educação para seus funcionários e seus familiares.

O setor de serviços flutua nesse meio entre indústria e comércio, a mercê dos ventos e dos investimentos internacionais, que são sempre incertos e voláteis, fogem ao menor desequilíbrio econômico ou crise interna ou externa.

O mercado financeiro é dominado por uma meia dúzia de grandes bancos e os investidores são, na sua maioria, especuladores financeiros e rentistas. Afinal, não  é a toa que muitos economistas e políticos, alcunham o Brasil de "paraíso do rentismo"!

E assim,trancos e barrancos, entre pilantras e idealistas, picaretas e incompetentes, corporativistas e lobistas gananciosos, interesses particulares, personalismos e populismo barato, entreguismos e ideológicos de boteco, preconceitos e ignorância, ora governados pelos ladrões, ora pelos idiotas, essa nação é  um barco a deriva, tendo como timoneiro um tolo cercado de loucos, fanáticos e bobos da corte, incapazes de saber sequer o que seria um timão, imagine navegar nessa tempestade chamada Covid-19.

MNS

Covid-19 e o Mito dos idiotas.



Muito já foi dito e desdito da pandemia que assola o mundo em plena era da comunicação. Um mundo maravilhoso onde não há mais pessoas isoladas, onde a informação é imediata e chega em qualquer recanto do planeta.

Não vou perder-me em redundâncias e aqui repetir os perigos e as catastróficas consequências que nos trouxe, traz e trará, esse minúsculo indivíduo, fruto de mutações e adaptações, na sua desesperada luta pela sobrevivência.

Um ser sem maldade, sem segundas intenções e que só age em função da sua sobrevivência, do seu procriar e da continuidade da sua espécie. Não se dá conta do rastro de morte e destruição que deixa pelo caminho. Apenas segue, driblando os fármacos e anticorpos, numa corrida sem outro fim ou projeto, senão sobreviver!

Ele se transformou na China e se espalhou pelo mundo, da Ásia a Europa, dos confins da África as selvas tropicais da América do Sul.

O tempo é curto para ele, por isso aprendeu a se multiplicar rapidamente e ficou mais resistente, imune aos medicamentos, menos letal, é verdade, no entanto, bem mais dinâmico na transmissibilidade atingindo assim um número bem maior de indivíduos em curto espaço de tempo! Tal habilidade o torna mais eficiente e capaz de matar quantitativamente muito mais indivíduos.

Mas esse ser, apesar de toda letalidade e terror que nos causa, não tem intencionalidade e nem consciência de seus atos. Mata, mas não porque deseja matar ou porque satisfaça um prazer pessoal. Mata porque precisa sobreviver!
Autoridades de todo o mundo compreendem essa condição e respeitam a natureza desse ser. Sabem que precisam combatê-lo e exterminá-lo o mais rápido e eficientemente. Não o subestimam, compreendem que o apelo natural que nos move, também a ele move, a sobrevivência de um é a morte do outro. Não é um mal programado, é uma luta pela sobrevivência. Essas autoridades, líderes de suas Nações, se colocam firmemente em suas ações e discursos, em prol do combate a esse ser. Cada um dos líderes desses países teve a serenidade de se colocar na defensiva, cientes do perigo que enfrentamos, sem substimá-lo. Sem rompantes e sem quixotismos. E a humanidade agradece a esses líderes e neles confia para fazerem o possível e o impossível para vencerem a luta contra o Covid-19...

Entretanto, em uma republiqueta de bananas, ao sul do Equador, onde um bando de idiotas liderados por um mito de barro, coberto de arrogância e mediocridade, preconceitos e ignorância, vai na contramão do resto do mundo. Neste país, seu líder não compreendeu a gravidade da situação e brinca de governar, dando bananas para o Covid-19. Não respeita os protocolos que as organizações mundiais de saúde, e sua própria equipe, definiram para conter a disseminação do vírus, sai às ruas e estimula acúmulo de pessoas em protestos contra as instituições e os poderes constituídos, em clara afronta aos preceitos constitucionais, a justiça e ao legislativo. Age como uma criança, fala como um demente e governa como um bodegueiro de esquina!

O Covid-19, pelo menos, tem a seu favor, ser um animal sem racionalidade, um indivíduo isento de qualquer intenção ou maldade, já o Mito dos Idiotas...

MNS