sábado, 21 de março de 2020

Brasil, um navio sem timoneiro.


Uma nação gigante, cheia de riquezas e com um enorme potencial de crescimento. Um país com uma enorme área propícia a agricultura, pecuária e extrativismo. Rica em minérios e de uma beleza litorânea de dar inveja a gregos e mexicanos. Uma região  amazônica com a maior biodiversidade do mundo! Talvez uma das únicas nações com a possibilidade de conviver harmonicamente com o meio ambiente e ainda ser capaz de se industrializar sem ferí-lo ou destruí-lo.

Uma nação relativamente nova, se compararmos com o velho continente e suas civilizações milenares, com suas populações maduras e já se curvando para a velhice. Enfim, um país jovem, com uma população jovem, pronta para crescer e fazer desse país uma potência econômica e líder da América Latina!

Mas, infelizmente não saímos da promessa, não damos os passos iniciais para a realização do nosso potencial e sequer estamos estacionados! Não caminhamos para o horizonte, estamos com os olhos e os pés  voltados para trás! Batemos cabeça entre o desejo de ser grande e o medo da mudança real.

Os empresários querem crescer sem custo, sem investimentos pessoais, sempre sob as benesses  do estado( que dizem querer "mínimo")os agropecuaristas, preferem os grandes latifúndios e monoculturas, dão  prioridade a exportação "in natura" e inviabilizam a agroindústria nacional. Preferem ser os maiores produtores e exportadores de grãos, de laranja, etc, do que fomentar a manufatura e industrialização interna.
Reclamam dos subsídios das outras nações, mas não buscam agregar valores aos seus produtos. Clamam por um câmbio desvalorizado, mas não  diversificam seus produtos!

Já  o comércio lojista prefere (e com razão) a importação de produtos industrializados, visto que a indústria nacional não se moderniza, não  investe em tecnologia e nem valoriza seus quadros funcionais, promovendo a formação técnica e tecnológica deles. Anseia por tecnologia e mão-de-obra qualificada, mas, espera o "Estado Mínimo", fazer isso para ele. Sonega, sonega e reclama dos direitos sociais, tampouco investe em creches, moradia e educação para seus funcionários e seus familiares.

O setor de serviços flutua nesse meio entre indústria e comércio, a mercê dos ventos e dos investimentos internacionais, que são sempre incertos e voláteis, fogem ao menor desequilíbrio econômico ou crise interna ou externa.

O mercado financeiro é dominado por uma meia dúzia de grandes bancos e os investidores são, na sua maioria, especuladores financeiros e rentistas. Afinal, não  é a toa que muitos economistas e políticos, alcunham o Brasil de "paraíso do rentismo"!

E assim,trancos e barrancos, entre pilantras e idealistas, picaretas e incompetentes, corporativistas e lobistas gananciosos, interesses particulares, personalismos e populismo barato, entreguismos e ideológicos de boteco, preconceitos e ignorância, ora governados pelos ladrões, ora pelos idiotas, essa nação é  um barco a deriva, tendo como timoneiro um tolo cercado de loucos, fanáticos e bobos da corte, incapazes de saber sequer o que seria um timão, imagine navegar nessa tempestade chamada Covid-19.

MNS

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